Acusados pela morte da jovem fundida a sofá concordam em admitir culpa

Imagem ilustra a vítima e onde ela foi encontrada

Por Mai Moreira
Contato – maimoreira@newsic.ramongomes.com.br

Os pais de Lacey Fletcher, a mulher de 36 anos que foi encontrada morta e fundida a um sofá, onde havia permanecido por 12 anos, voltaram ao tribunal no dia 05 de janeiro, acusados pela morte da filha, e não contestaram a acusação de homicídio culposo, ou seja, não admitiram culpa, mas aceitaram as acusações contra eles.

Em 2022, Sheila e Clay Fletcher, de East Feliciana, nos Estados Unidos da América (EUA), foram indiciados por homicídio de segundo grau, mas alegaram inocência, dizendo que Lacey estava “sã” e havia se recusado a sair do sofá durante os 12 anos. Eles passaram 18 meses negando a culpa pela morte da filha, porém, às 9h30min do dia 05, frente à juíza distrital Kathryn “Betsy” Jones, concordaram em se declarar culpados formalmente. 

O promotor distrital Sam D’Aquilla pediu à juíza Jones que o casal fosse levado sob custódia e que não tivesse liberdade permitida antes da sentença. Entretanto, a juíza concedeu aos acusados liberdade sob fiança até o dia 20 de fevereiro. 

A pena dos Fletchers pode chegar a 40 anos de prisão. A sentença deve ser anunciada no dia 20 de março de 2024. De acordo com a defesa dos acusados, apesar do ocorrido, os réus amaram a filha até a morte.

Lacey foi encontrada morta em 03 de janeiro de 2022, após sua mãe acionar o serviço 911 da Paróquia East Feliciana e pedir ajuda, pois sua filha havia parado de respirar. Ao chegar ao local, os socorristas se depararam com um mau cheiro imponente.

A jovem foi encontrada parcialmente nua, sentada com os pés cruzados e submersa em um buraco no sofá. O corpo dela estava coberto da cabeça aos pés com urina, fezes líquidas, vermes e picadas de insetos. 

Ela possuía matéria fecal no rosto, no tórax e no abdômen, e o seu cabelo estava emaranhado e cheio de vermes. Lacey pesava menos de 45 quilos, tinha úlceras nas nádegas e estava infectada com Covid-19.

De acordo com os vizinhos da vítima, ela teria sido vista pela última vez na residência em 2005. Amigos dos pais da jovem alegaram que nem sabiam que Sheila e Clay tinham uma filha.

Lacey sofria de pseudocoma, doença conhecida como Síndrome do Encarceramento, um distúrbio neurológico raro caracterizado por paralisia completa dos músculos voluntários, exceto aqueles que controlam os olhos. As autoridades afirmam que ela ficou no mesmo sofá por 12 anos ou mais.

Segundo o legista Dr. Ewell Bickham, a causa da morte da jovem foi desnutrição crônica, fome aguda, imobilidade, formação de úlcera aguda e osteomielite, que é uma infecção óssea que levou à sepse.

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