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Imagem ilustra suspeitos no hospital

Na madrugada do dia 29 de novembro, uma mulher, que não teve a identidade revelada, deu entrada no Hospital Municipal de Campinorte, em Goiás, com a filha de dois meses morta e apresentando diversos sinais de agressão pelo corpo.

Aos médicos, a mulher disse que a filha havia engasgado. Porém, quando os hematomas no corpo da criança foram constatados, a equipe acionou a polícia.

Depois de um exame pericial, concluiu-se que a bebê teria morrido em decorrência de pancadas ou outros impactos físicos. Com isso, a mãe foi levada para a delegacia e interrogada pelas autoridades.

Primeiramente, ela alegou que morava sozinha, mas, quando os agentes verificaram as imagens das câmeras de segurança do hospital, identificaram que estava acompanhada de um homem e de outra criança.

Ao ser questionada sobre a identidade do sujeito, a mulher disse que era um primo. Porém, a partir de investigações, a polícia descobriu que se tratava do pai dela, e que os dois tinham um relacionamento incestuoso e moravam juntos. 

O nome do homem não foi revelado, mas apurou-se que tanto a bebê morta quanto a outra menina mostrada nas imagens eram frutos do relacionamento dele com a filha.

Segundo o delegado à frente do caso, Peterson Amin, a princípio as autoridades acreditam que a relação era consensual. Entretanto, ainda não se sabe com que idade a mulher começou a se relacionar com o pai e, se for constatado que ela era menor de 14 anos, configura crime de estupro de vulnerável.

Também foi identificado que o homem era alvo de um mandado de prisão em aberto, por conta de um feminicídio cometido na Bahia. De acordo com o delegado, a vítima seria a ex-esposa dele, possivelmente a mãe de sua filha.

Depois de prestar depoimento, a mãe da bebê foi presa, mas as autoridades consideram que ela não agiu sozinha, suspeitando que o pai da criança também tenha envolvimento no crime.

Assim, iniciaram-se buscas pelo homem, que foi encontrado escondido em uma chácara na zona rural da cidade. Quando abordado, ele iniciou um tiroteio com os agentes, até que acabou sendo atingido e não resistiu aos ferimentos, morrendo no local.

O corpo dele foi encaminhado para passar por exames periciais, e também deve ser feito um exame de DNA para que se comprove as relações de parentesco entre os envolvidos. 

A mulher, por sua vez, foi encaminhada ao presídio feminino de Barro Alto, município a cerca de 80 km de distância de Campinorte.

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Por Isabel Bergamin Neves
Contato: investigacao@medialand.com.br

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