O Assassinato de Suellen Rodrigues

Na segunda-feira, dia 31 de outubro de 2022, por volta das 12h45, aos 29 anos, Suellen foi morta a tiros na frente dos filhos, de 10 e 7 anos. O suspeito do assassinato de Suellen Rodrigues era o companheiro de Suellen e pai das crianças, o advogado e ex-policial civil, Jaminus Quedaros de Aquino, de 59 anos. O crime aconteceu no momento em que a mulher deixava os filhos na escola que fica na Rua Alvorada, 460, no bairro Uberaba, em Curitiba. A jovem morreu no local antes da chegada da equipe de emergência.

O filho do casal disse que o pai também tentou acertá-lo e que o tiro passou bem perto do seu rosto antes dele correr. O garoto foi encontrado, em estado de choque, a 2 quadras de onde o crime ocorreu.

Segundo a investigação, a vítima vivia um relacionamento abusivo com Jaminus, o qual não deixava a jovem estudar, trabalhar, visitar a família ou fazer amigos. Além disso, o acusado oferecia uma quantia irrisória de 200 reais mensais para Suellen.

Suellen já havia aberto uma medida protetiva contra o ex-companheiro e, também, já existia um mandado de prisão por conta do descumprimento dessa medida protetiva, mas ela não aconteceu por conta do período eleitoral.

Jaminus se entregou à polícia após 4 dias foragido e está preso desde o dia 3 de novembro de 2022. Ele foi indiciado por homicídio qualificado, por conta da qualificadora de feminicídio.

AGRESSÕES

Após diversas tentativas de iniciar uma carreira profissional, Suellen conseguiu fazer um curso de extensão de cílios. Ela começou a trabalhar e, no dia 24 de setembro de 2022, estava atendendo algumas clientes na casa de sua irmã Lucielly, acompanhada pelos dois filhos e o neto de Jaminus. Por volta das 21h, o ex-companheiro de Suellen exigiu que ela levasse o neto para casa, pois ele tinha horários fixos para tomar banho, comer e dormir. 

Com medo de que Jaminus fosse até a casa onde fazia os atendimentos, Suellen levou o garoto e acompanhada de sua irmã, já que conhecia o histórico agressivo do relacionamento. No local, Jaminus agrediu verbalmente Suellen e disse que para matá-la precisava de apenas 2 segundos. Nesse momento Lucielly, irmã de Suellen, entrou no ambiente, impediu que Suellen fosse agredida e a levou até à delegacia para fazer um Boletim de Ocorrência. 

FOTO UOL

MEDIDA PROTETIVA

Após o juiz de Prudentópolis (PR) deferir a medida protetiva, Jaminus passou a perseguir Suellen. Com medo, a jovem se mudou, com os filhos, de Prudentópolis para Curitiba. 

Acredita-se que, por conta da transferência da escola das crianças, o suspeito sabia onde Suellen estaria naquele dia. Era o primeiro dia de aula das crianças. Os dois menores imploraram para que o suspeito não matasse a mãe. E o autor, além de cometer o assassinato de Suellen Rodrigues, chutou o corpo da vítima no chão.

Após o crime, as crianças foram acolhidas pelo Conselho Tutelar e, depois, encaminhadas para os avós maternos.

Em mensagens com a sua advogada, Suellen afirmou que o ex-policial tinha comportamento agressivo e que tinha medo do que ele  pudesse fazer com ela.

FUGA

Logo após o crime, o autor do crime pegou a bolsa de Suellen e fugiu, em alta velocidade, dentro de um Chevrolet Cruze branco. No caminho, tirou do carro as chaves da casa onde Suellen estava residindo, o aparelho celular e uma pasta contendo documentos, inclusive o Mandado de Medidas Protetivas que seria apresentado na escola, jogando a bolsa pela janela. Uma pessoa que passava pelo local pegou e a levou dali. 

Mais a frente, atirou pela janela a arma de fogo que utilizou no crime. Tal arma foi encontrada e vendida por um carrinheiro que transitava pela via. O comprador foi preso em flagrante e a arma encaminhada ao Instituto de Criminalística, onde foi solicitado o confronto balístico com os projéteis que atingiram Suellen.

Para saber mais sobre este caso, assista ao vídeo produzido pelo programa Investigação Criminal, clique aqui

Por Leo Soares

Compartilhe:

Notícias relacionadas