No dia 05 de novembro, a Polícia Civil de Minas Gerais prendeu os pais de Anna Alice Valentina Guimarães, uma menina de um ano e dois meses que morreu no dia 28 de agosto, em Uberlândia, depois de sofrer traumatismo craniano.
Segundo apurações periciais, a morte aconteceu em consequência de agressões, que teriam sido cometidas pela babá da criança, uma adolescente de 17 anos. Na data do ocorrido, a funcionária teria se irritado com a bebê e batido a cabeça dela na parede.
O caso foi descoberto depois que o pai de Anna Alice, um homem de 26 anos, que não teve a identidade divulgada, levou a filha até a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do bairro Planalto.
Ele alegou que a menina havia caído do carrinho de bebê duas vezes e sofrido uma convulsão, estando inconsciente há 15 minutos. Ela apresentava hematomas no rosto, no dorso e no abdômen, além de dilatação anormal das pupilas.
O óbito da menina foi constatado pela equipe médica, e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde a autópsia revelou o traumatismo craniano e apontou sinais de maus-tratos, com base nos hematomas.
A partir disso, o Departamento de Homicídios da Polícia Civil foi acionado e apreendeu o pai e a babá, além da mãe da criança, uma jovem de 22 anos. Em depoimento, eles deram versões contraditórias sobre a dinâmica dos fatos, mas foram liberados dias depois, por determinações da Justiça.
A nova prisão dos pais ocorreu a pedido da Delegacia de Homicídios, com base nas apurações do inquérito policial. Segundo o órgão, os dois devem responder por homicídio doloso qualificado por omissão.
De acordo com a Polícia Civil, o casal sabia e acobertava as violências cometidas pela babá contra a criança. Conforme as investigações, eles já chegaram a cancelar consultas pediátricas da bebê após agressões da adolescente, para que os machucados não fossem descobertos.
Os dois devem permanecer em prisão preventiva no Presídio Professor Jacy de Assis.
A babá, por ser menor de idade, está em liberdade, mas deve responder pelo ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado.
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Por Isabel Bergamin Neves
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