Por Mai Moreira
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Aline Fernanda de Siqueira Maschietto, de 37 anos, acusada em 2022 por uma tentativa de homicídio em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, foi presa pela polícia espanhola no dia 12 de dezembro. A foragida foi detida em Málaga, a 534 km de Madri, onde morava com uma amiga.
A operação para prendê-la foi iniciada em novembro de 2023, após a Justiça de São Paulo pedir que o nome dela fosse incluído na Difusão Vermelha da Interpol. De acordo com o comandante Vaquero, da assessoria da Unidade Central Operativa da Direção Geral da Guarda Civil, a ré foi encaminhada a Madri no dia 13 de dezembro.
Ela foi identificada no país espanhol devido a uma queixa de estupro registrada por ela contra o advogado Cándido Conde-Pumpido Varela, filho do presidente do principal órgão de Justiça da Espanha.
No boletim, a brasileira alegou ter sido vítima de estupro na casa do advogado. Entretanto, após as imagens de câmeras de segurança não indicarem nada suspeito e um laudo médico descartar lesões no órgão genital da mulher, ela retirou a queixa, justificando que não estava mentalmente saudável por conta de bebidas alcoólicas.
A imprensa internacional deu destaque ao caso de estupro, trazendo visibilidade a Aline Fernanda, que foi identificada como procurada pelas autoridades brasileiras. Ela estará à disposição da Justiça local até que o processo de extradição seja resolvido junto ao Ministério da Justiça brasileiro.
O crime
O caso aconteceu em 04 de março de 2022. No inquérito policial registrado em Ribeirão Preto, consta que um homem de 35 anos foi esfaqueado em um quarto de hotel na avenida Presidente Kennedy. Um funcionário do hotel, testemunha do caso, teria ouvido gritos de socorro por trás da porta trancada do quarto. Ele alega que a vítima gritava: “Ela vai me matar”.
Aline Fernanda teria conhecido o rapaz por um aplicativo de relacionamento, e os dois tiveram uma discussão após o rapaz chamar outra mulher para dormir com ele no referido hotel. Ela diz que o homem a ameaçou com uma faca, e ela estava apenas se defendendo no momento em que o funcionário arrombou a porta. O homem foi hospitalizado e sobreviveu.
O inquérito da Polícia Civil foi concluído e apresentado à Justiça em julho de 2022, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP/SP). Aline Fernanda passou a ser acusada por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe e meio que dificultou a defesa da vítima.
A mulher não se apresentou para proferir suas alegações e nem instituiu um advogado para acompanhar o caso. Por isso, em outubro de 2022, ela foi alvo de um mandado de prisão preventiva, com validade até 2042, passando a ser considerada procurada.
