Por Mai Moreira
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A artista venezuelana Julieta Hernández, de 38 anos, foi encontrada morta em uma área de mata de Presidente Figueiredo, no interior do Amazonas, no dia 05 de janeiro. Um casal suspeito foi preso pelo crime, e, de acordo com um dos envolvidos, o assassinato ocorreu no dia 23 de dezembro, mesmo dia em que amigos perderam o contato com a vitima.
Um morador local encontrou partes da bicicleta da artista e informou as autoridades. O corpo da vítima foi encontrado em avançado estado de decomposição e estava enterrado em uma cova rasa, perto da pousada onde a artista estava hospedada.
O Departamento de Polícia Técnico-Científica, em conjunto com peritos do Instituto Médico Legal e do Instituto de Identificação do Amazonas, identificou a vítima por meio do procedimento de necropapiloscopia.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, Julieta estava dormindo em uma rede na varanda da pousada, quando foi atacada pelo dono do local, Thiago Agles da Silva, de 32 anos. Ele teria ameaçado a artista com uma faca, obrigando-a fazer sexo oral nele.
Após o ato, ele pediu à sua namorada, Deliomara dos Anjos Santos, de 29 anos, que amarrasse a vítima pelos pés e, então, a estuprou. Durante a violência, a namorada do suspeito teria tido uma crise de ciúmes e, por isso, jogou álcool no homem e na vítima, ateando fogo em ambos. Julieta foi morta pelo homem por meio de um golpe “Mata-Leão”.
Segundo informações da polícia, o casal foi interrogado e confessou o crime, informando a localização do corpo. As autoridades também apuraram que o suspeito havia feito uso de crack horas antes do crime. O casal foi preso em flagrante e teve a sua prisão preventiva decretada pela Justiça.
O delegado do caso, Valdinei Silva, informou que, na delegacia, os suspeitos apresentaram versões diferentes sobre o crime. De acordo com o depoimento da mulher, ela matou a vítima devido a uma crise de ciúmes, após presenciar o namorado estuprando Julieta. A mulher também informou que o companheiro roubou os pertences da artista.
O homem depôs uma versão diferente, afirmando que a vítima e ele usavam drogas, quando a companheira ficou com ciúmes, jogando álcool e ateando fogo em ambos. O casal poderá responder pelos crimes de estupro e homicídio duplamente qualificado, com motivo torpe e emprego de meio cruel, além de dois furtos: o da bicicleta e o do celular da vítima.
Julieta estava viajando de bicicleta, com destino à cidade de Puerto Ordaz, na Venezuela. Ela fazia parte de um grupo de artistas e cicloviajantes, chamado “Pé Vermêi”.
