Chacina em Sinop: duelo de sinuca resulta em tragédia com sete mortos

Imagem ilustra as vítimas

Por Leo Soares
Contato – leonardo@newsic.ramongomes.com.br

Na trágica tarde de 21 de fevereiro de 2023, a pacata cidade de Sinop, no Mato Grosso, foi palco de uma atrocidade que chocou seus habitantes. Dois homens, identificados como Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, protagonizaram uma cena de horror ao matar sete pessoas, incluindo uma adolescente de 12 anos, em um bar localizado no município.

O incidente começou de forma aparentemente banal, com uma partida de sinuca entre os agressores e as vítimas. Edgar e Ezequias, após perderem uma quantia significativa de dinheiro no jogo, foram alvo de piadas por parte das vítimas; isso desencadeou uma violenta reviravolta no ambiente.

Revoltados, os dois homens deixaram o bar momentaneamente e retornaram armados com uma pistola .380 e uma espingarda calibre 12. As vítimas, Elizeu Santos da Silva, Larissa Frasão de Almeida, Orisberto Pereira Souza, Adriano Balbinote, Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, Josué Ramos Tenório e Maciel Bruno de Andrade Costa, foram colocadas contra uma parede e brutalmente alvejadas pelos criminosos.

Na noite do dia 22 de fevereiro, a Polícia Militar conseguiu apreender a caminhonete, as armas e as munições utilizadas na chacina. Ezequias Souza Ribeiro, no entanto, não se entregou pacificamente: em um confronto com a polícia, ocorrido em uma área de mata afastada do centro de Sinop, ele foi morto.

Edgar Ricardo de Oliveira, o segundo suspeito, não conseguiu escapar das mãos da justiça por muito tempo. Na manhã seguinte, no dia 23 de fevereiro, ele foi localizado e preso em uma residência no bairro Jardim Califórnia.

O delegado Bráulio, responsável pelo caso, revelou que a motivação por trás do crime foi a derrota de Edgar no jogo de sinuca com Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, uma das vítimas. Os dois já se conheciam e haviam apostado dinheiro em partidas anteriores.

Ambos os agressores possuem extensos registros criminais. Ezequias tinha passagens por porte ilegal de arma, roubo, formação de quadrilha, lesão corporal e ameaça, além de possuir um mandado de prisão em aberto. Edgar, por sua vez, tem uma ficha por violência doméstica.

O caso deixou marcas profundas na comunidade de Sinop. Entre os sobreviventes estão Raquel Gomes de Almeida, esposa de Getúlio e mãe de Larissa, a vítima de 12 anos, e Luiz Carlos Souza Barbosa, sobrinho de Getúlio.

A cidade, referência em saúde, cultura e desenvolvimento socioeconômico, terá que lidar com as cicatrizes deixadas por esse crime brutal em sua história.

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