Florencia Guiñazú, de 30 anos, jogadora de futebol do clube Argentino de Mendoza, foi encontrada morta, com ferimentos de espancamento e estrangulamento, dentro de seu quarto, no dia 06 de abril, em Guaymallén, na Argentina. O suspeito pelo crime é o marido da jogadora, Ignacio Agustín Notto, de 32 anos, que também foi encontrado morto.
Na janela do apartamento onde o casal vivia com os dois filhos, situado na rua Bombal, número 400, havia um cartaz com os seguintes dizeres: “Liguem para o 911. As crianças estão sozinhas”.
Após avistar o cartaz, por volta das 16h, um vizinho estranhou a mensagem foi até o apartamento do casal, sendo atendido pelo filho deles de 7 anos, Milo, que informou ao homem que estava jogando PlayStation havia um bom tempo e, quando bateu na porta do quarto dos pais, ninguém respondeu, e a porta estava trancada. Ao ser questionado sobre o paradeiro de sua irmã, Ámbar, de 5 anos, o menino informou que ela tinha ido dormir na casa de uma das avós.
A polícia foi acionada, e a porta do quarto do casal foi derrubada. A vítima foi encontrada caída no chão, em meio a manchas de sangue, já sem vida e apresentando múltiplos golpes. Dentro de um dos armários do quarto, o suspeito foi encontrado também sem vida, pendurado por um cabo enrolado em seu pescoço. A suspeita é de que o homem, após cometer o assassinato da esposa, tenha se matado.
A Unidade Fiscal de Homicídios e Violência Institucional foi notificada, e o caso foi enviado à promotoria nº 17, sob o comando do promotor Gustavo Pirrello, que solicitou a ativação do protocolo para casos de feminicídio.
Peritos do Corpo Médico Forense (CMF) estiveram presentes no local, assim como equipes do Serviço de Emergência Coordenado (SEC) e agentes policiais, que colheram os depoimentos dos vizinhos e traçaram um panorama sobre o relacionamento conflituoso que a vítima e o suspeito possuíam.
Em novembro de 2023, Florencia foi encontrada por um vizinho em estado de choque, após ter sido agredida e trancada no banheiro pelo marido. Uma denúncia por violência de gênero foi protocolada, porém o caso ficou parado devido a falta de evidências, visto que a vítima não apresentou provas para prosseguir com a ação penal.
Na época, uma testemunha informou ao veículo de comunicação El Sol: “Era um casal com um relacionamento muito aberto. Mas as brigas eram constantes nos últimos tempos”.
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Por Mai Moreira
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