Mãe e padrasto de bebê morto são presos em Planaltina

imagem ilustra a vítima

Por Mai Moreira
Contato – maimoreira@newsic.ramongomes.com.br

A mãe e o padrasto de Henry Sousa de Oliveira, de 1 ano e 9 meses, que foi morto por traumatismo craniano por ação contundente no dia 20 de janeiro, em Planaltina, no Distrito Federal, foram presos no dia 31 de janeiro, suspeitos pela morte do bebê.

Os mandados de prisão temporária contra Lucimaria de Sousa Barbosa, de 28 anos, e o namorado dela, Wildemar de Carvalho Silva, de 33 anos, foram expedidos após o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) ter apontado que o bebê morreu de politraumatismo cranioencefálico e apresentava várias outras lesões internas e externas pelo corpo. O casal irá responder por homicídio doloso qualificado.

De acordo com as investigações, na noite do dia 19, Henry estava na casa do namorado da mãe, na companhia do casal e do filho de 10 anos do suspeito. Na manhã do dia 20, por volta das 5h40min, ao ir trocar a fralda do filho, a mãe percebeu que ele estava frio. O Corpo de Bombeiros (CBMDF) foi acionado e constatou o óbito.

Em seu depoimento, a mãe de Henry alegou que ele apenas teria sofrido uma queda da cama poucos dias antes, sendo este o motivo do hematoma no lado esquerdo da cabeça do bebê. Ela também citou outras quedas do menino, ocorridas enquanto ele caminhava e corria.

Porém, o laudo cadavérico também revelou que o bebê apresentava equimoses em várias partes do corpo, escoriação, diversos hematomas internos e hemorragia em locais distintos, além de cicatrizes no abdômen e na coxa, indicando morte violenta.

O pai da criança, Gerson Darlan de Oliveira, 32 anos, relatou ter recebido de Lucimaria uma foto de Henry com o olho roxo. Ao questionar a mãe do bebê sobre a causa do ferimento, ela teria dito que a criança havia caído. Gerson ainda disse que, no velório do filho, a mulher ficou de cabeça baixa e não olhou para ele, assim como não se aproximou do caixão do bebê.

Segundo o delegado do caso, Brunno Oliveira, as prisões dos suspeitos são indispensáveis para a investigação, visto que será possível coletar novos depoimentos, sem que eles combinem versões. O delegado também frisou que os detalhes das investigações continuam em sigilo.

O delegado-chefe da unidade policial, Fabrício Augusto, informou que os suspeitos podem responder pelo crime de homicídio doloso qualificado, com pena de 12 a 30 anos, havendo, ainda, a possibilidade do aumento da pena em dois terços, em razão de a vítima ser menor de 14 anos e os autores serem ascendente e padrasto do bebê.

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