Morre indígena de 15 anos que foi estuprada e afogada em lama 

Imagem ilustra a manifestação do povo contra o crime.

Por Mai Moreira

Maria Clara Batista Vieira, adolescente indígena de 15 anos que foi estuprada, afogada na lama e jogada em uma área de pântano, no município de Oiapoque, no estado do Amapá, morreu depois de quatro dias internada em estado grave. A morte da menina foi confirmada por meio de uma nota do Conselho de Caciques.

O crime aconteceu no dia 13 de setembro, por volta das 7h40 da manhã. O suspeito, Cláudio Roberto da Silva Ferreira, de 43 anos, tentou fugir após o crime por meio de uma embarcação de pesca, indo em direção ao oceano Atlântico, pela costa amapaense.

A vítima foi vista em vídeos de câmeras de segurança saindo da área onde foi violentada toda coberta de lama e passando mal. A adolescente contraiu uma infecção pulmonar por ter ingerido muita lama e foi entubada. 

Devido à gravidade do caso, Maria Clara foi transferida do hospital do município de Oiapoque para a Guiana Francesa, onde estava em tratamento. A jovem indígena não resistiu e veio a falecer na madrugada do dia 17 de setembro. 

Outros vídeos de segurança mostraram o suspeito em outro ponto da cidade, também coberto de lama, limpando os pés e as pernas. Após a sua identificação, as polícias Militar e Civil iniciaram as buscas e realizaram a prisão.

Segundo o delegado Charles Corrêa, da Polícia Civil de Oiapoque, o suspeito foi visto conversando com o dono de um barco, que identificou o sujeito e informou à polícia que ele havia ido pescar em alto-mar. O barco de Cláudio foi interceptado e o suspeito foi preso. 

O delegado ainda relata que a população local, indignada com o caso, tentou invadir a delegacia. O suspeito, que possui outra passagem por estupro, teve a prisão preventiva decretada no dia 14 e será transferido para o presídio. 

Compartilhe:

Notícias relacionadas