Por Mai Moreira
Nove pessoas foram encontradas mortas em duas casas próximas, em um local conhecido como Portal do Lunda, na zona rural de Mata de São João, na Região Metropolitana de Salvador, na manhã do dia 28 de agosto. Das vítimas, três eram crianças e sete corpos estavam carbonizados.
Em uma das casas, foram localizados dois corpos de mulheres, Sara Miranda Magalhães, de 56 anos, e Clícia Costa Magalhães, de 35 anos, as duas eram irmãs. De acordo com a Polícia Militar, ambos os corpos possuíam ferimentos de tiros.
Segundo a delegada Christiane Inocência Coelho, diretora do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), Sara e Clícia foram “heroínas”, pois socorreram o menino que conseguiu sobreviver.
O adolescente de 12 anos, também vítima da chacina, foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com 55% do corpo queimado e levado ao Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. Ele está internado em estado grave. Além do adolescente, um bebê também conseguiu escapar.
Os demais corpos foram localizados em outra residência e estavam carbonizados. As vítimas são Carla Souza dos Santos, de 17 anos, Gabriel Souza dos Santos, de 13 anos, Brenda Bispo dos Santos, de 16 anos, Bianca dos Santos Almeida, de 18 anos, e Carlos Augusto Gonzaga dos Santos, de 41 anos. Os nomes de duas vítimas ainda não foram informados pela polícia.
A primeira hipótese levantada pela Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) é de que o crime tenha sido uma chacina devida a uma disputa de território pelo crime organizado. Segundo informações cedidas por forças de segurança ao portal UOL, uma das vítimas seria primo de um chefe do tráfico local, preso desde abril de 2022.
Mas após as investigações, a Polícia Civil da Bahia afirmou que a motivação da chacina foi ciúmes e, inicialmente, apenas uma pessoa era o alvo, um homem conhecido como Preá. Este homem seria o ex-namorado da atual companheira do mandante do crime. Até o momento, a identidade de Preá não foi divulgada e não se sabe se o homem identificado como “Carlos Augusto”, seja ele.
Na madrugada do dia 29 de agosto, um suspeito de participar do crime foi preso e outros dois morreram em confronto com a polícia. Um quarto suspeito está sendo procurado.
De acordo com as autoridades, os suspeitos estavam escondidos em uma região de mata e foram localizados pelas equipes do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), do Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) e da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core).
