Por Mai Moreira
O sargento Cristiano Oliveira Sousa, os soldados Samuel Santiago de Lima, José Márcio Carneiro Almada, Eduardo Florêncio da Silva, Wellington Xavier de Farias, José Márcio Barroso da Silva Júnior, Josinaldo Ferreira Barbosa Monteiro e o cabo Demairton Cipriano Silva foram presos e encontram-se no presídio militar de Fortaleza, suspeitos de tortura e envolvimento no desaparecimento de Antônio Marcos da Silva Costa, de 23 anos.
Cinco dos suspeitos foram detidos na sexta-feira, dia 15 de setembro, e os três últimos foram presos na segunda-feira, dia 18 de setembro.
O jovem foi visto pela última vez no dia 27 de agosto, durante uma abordagem policial realizada em uma barraca de praia, na qual Antônio e outros dois homens foram levados pelos policiais. Os dois homens retornaram para as suas casas às 3h15 do dia 28 de agosto e denunciaram ter sofrido tortura.
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) ouviu os depoimentos, nos quais um dos homens afirma que o seu aparelho celular foi tomado pelos policiais militares e o outro alega que teve o seu carro danificado.
Familiares e advogados das vítimas entraram em contato com as autoridades da Segurança Pública do município de Camocim enquanto os três homens estavam desaparecidos e verificaram que não havia registro de qualquer ocorrência sobre a abordagem policial.
Até o momento, Antônio Marcos segue desaparecido. A CGD instaurou um Conselho de Disciplina para apurar as condutas dos militares, e a Polícia Militar informou que as investigações do caso ocorrem em segredo de Justiça, com os procedimentos em andamento.
