Presbítero de igreja evangélica é suspeito de ser pistoleiro de facção criminosa 

Imagem ilustra o suspeito.

Por Mai Moreira
Contato – maimoreira@newsic.ramongomes.com.br

Flávio Severino da Silva, de 30 anos, conhecido como “Babidi”, possuía uma vida dupla, atuando como presbítero em uma igreja evangélica e como braço direito de Nego Gil, membro de uma facção do litoral sul de Pernambuco. Flávio foi preso no dia 20 de dezembro de 2023, suspeito de ter executado ao menos 11 pessoas no estado pernambucano.

A prisão do líder religioso aconteceu na cidade de Quirinópolis, interior de Goiás, durante a Operação Juízo Final, que cumpriu 10 mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão contra suspeitos de homicídios e tráfico de drogas.

O suspeito era residente da Paraíba e trabalhava como soldador, além de ser contratado pela quadrilha pernambucana para cometer crimes. Acredita-se que ele recebia grandes quantias para assassinar traficantes que se recusaram a colaborar com a organização criminosa. Porém, das 11 vítimas, duas não tinham envolvimento com crimes.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Thiago Henrique, Flávio não possuía antecedentes criminais e a sua prisão foi um choque para os fiéis da igreja que ele liderava. O delegado afirmou que dez mortes ocorridas em Vicência tiveram a participação do presbítero, assim como um homicídio em Machados, que também tem ligação com o suspeito. 

Um de seus crimes em Vicência foi filmado por uma câmera de segurança. A vítima era Elias de Souza Lemos, de 55 anos, morto em 07 de setembro de 2023. Ele foi executado por supostamente ter denunciado crimes da facção. Flávio também teria procurado o filho da vítima, para matá-lo, mas este não foi encontrado. 

Nas imagens, é possível ver Flávio e um comparsa correndo atrás de Elias, atirando contra ele diversas vezes e, em seguida, fugindo do local. 

O delegado do caso também afirmou que as contratações partiam de dentro de presídios. No dia 08 de dezembro de 2023, mandados de busca e apreensão foram realizados em diversas unidades prisionais do estado.

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