Por Leo Soares
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Araras/SP – 18 de janeiro de 2024 – A pacata cidade de Araras, no interior de São Paulo, foi abalada por um crime chocante que vitimou a dentista Bruna Angleri, de 40 anos. O assassinato ocorreu no dia 26 de setembro do ano passado, e o corpo da vítima foi encontrado um dia depois, dentro de sua casa, localizada no Portal das Laranjeiras, no Distrito Industrial.
A polícia revelou que Bruna foi violentamente agredida, apresentando fraturas, hematomas e uma costela quebrada. O corpo dela estava parcialmente carbonizado, visto que o crime envolveu também um incêndio, o qual foi posteriormente controlado pelo Corpo de Bombeiros. A dentista, que deixou um filho de 7 anos, fruto de um relacionamento anterior, era coordenadora da pós-graduação de Odontologia da faculdade São Leopoldo Mandic.
As investigações apontam como principal suspeito do assassinato João Vittor Malachias, cantor sertanejo e ex-namorado de Bruna. O relacionamento do casal teria durado cerca de 7 meses, com a separação ocorrendo pouco mais de 1 mês antes do crime. A família da vítima afirma que João Vittor não aceitava o término.
No dia em que o corpo foi descoberto, o cantor prestou depoimento e teve o celular apreendido, mas entregou à polícia um celular diferente do que utilizava no dia a dia; por falta de provas, ele foi liberado. No entanto, em 6 de outubro, a Justiça decretou a prisão temporária dele. O cantor tentou fugir, sendo capturado em 8 de outubro, quando tentava escapar para o estado de Goiás.
A polícia, então, apreendeu o celular utilizado pelo suspeito no dia a dia, apesar da resistência dele a qualquer perícia no aparelho. O delegado Tabajara Zuliani dos Santos informou que as investigações continuam, e a polícia aguarda o resultado do exame necroscópico para determinar se Bruna estava viva no momento do incêndio.
É relevante destacar que a vítima já possuía uma medida protetiva contra João Vittor, após episódios de agressões e invasão dele à residência dela. Um fato curioso foi que, apesar de Bruna morar em um condomínio tido como seguro, dias antes do crime ela relatou a conhecidos que uma chave de acesso à sua casa havia desaparecido.
O corpo de Bruna foi encontrado por sua mãe, que estranhou o silêncio da filha após a noite anterior, na qual a vítima havia estado em um restaurante/bar da cidade. O assassinato com um tiro no rosto e a carbonização parcial do corpo da mulher chocaram a comunidade local.
Uma amiga da vítima relatou que João Vittor era bastante ciumento, a ponto de controlar as interações de Bruna nas redes sociais e até mesmo as suas escolhas de vestuário. Além disso, após Bruna ter descoberto uma traição por parte dele, o homem passou a persegui-la.
O caso continua a ser investigado pelas autoridades locais, enquanto a população de Araras aguarda respostas sobre esse trágico episódio que marcou a cidade.
