Vítima conhecida como “Baby Jane Doe” foi identificada após 35 anos

Imagem ilustra a coletiva de imprensa das autoridades americanas.

Por Mai Moreira

Contato – maimoreira@newsic.ramongomes.com.br

Uma vítima de 5 anos encontrada com o corpo envolto em concreto e abandonada em uma área florestal em Millwood, no condado de Ware, na Geórgia, nos Estados Unidos, em 21 de dezembro de 1988, chamada pelas autoridades de “Baby Jane Doe”, foi finalmente identificada pela polícia de Massachusetts.

No dia 13 de novembro, as autoridades americanas informaram em coletiva de imprensa que, após 35 anos, a menina foi identificada como Kenyatta Odom. A identificação foi realizada graças a uma denúncia anônima feita em janeiro de 2023. 

Em 2022, o Serviço de Investigação da Geórgia (GBI) ofereceu uma recompensa de $5.000 para quem tivesse alguma informação sobre o caso. Em janeiro de 2023, uma mulher alegou ter a informação de que uma criança havia desaparecido e, na época, a mãe teria afirmado que ela havia ido morar com o pai, o que a denunciante considerou suspeito. 

Além da denúncia anônima, os testes de DNA também foram importantes para a resolução do caso. Alguns exames foram realizados ao longo dos anos, mas, em 2019, o DNA extraído dos restos mortais da garota passou a ser comparado com bancos de dados de genealogia, confirmando, em 2022, que a criança tinha familiares em Albany.

As investigações da época já tinham levado as autoridades a desconfiar que a vítima poderia ter morado em Albany, cidade que fica a duas horas de carro de onde o corpo foi encontrado, devido ao achado de um exemplar do jornal The Albany Herald próximo ao corpo. 

Apesar da confirmação da identidade da vítima, ainda é desconhecido o motivo ou a forma como ocorreu a morte de Kenyatta. O que se sabe é que a pequena foi morta em sua cidade natal, após seus pés e suas pernas terem sido submersos em água quente.

O corpo foi encontrado entre móveis quebrados e lixos deixados na floresta. Um homem que passeava pelo local tropeçou em um armário cheio de concreto que estava jogado no chão, o que o deixou desconfiado e fez com que ele acionasse o Escritório do Xerife do condado de Ware.

O corpo estava embrulhado em um cobertor, dentro de uma mochila, a qual foi colocada dentro de um armário de TV, que, por sua vez, foi preenchido com concreto. 

A mãe da vítima, Evelyn Odom, de 56 anos, e Ulyster Sanders, namorado da mulher na época, foram presos no dia 09 de novembro e indiciados por um grande júri no condado de Dougherty por homicídio qualificado, crueldade com crianças em primeiro grau, ocultação de cadáver e outros crimes. Os suspeitos estão sob custódia policial. A polícia ainda busca pelo pai de Kenyatta. 

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